Diego Rivera com a paciência do osso buscava a esmeralda do bosque na pintura ou o vermelhão, a flor súbita do sangue, recolhia a luz do mundo em teu retrato.
Pintava o imperioso talhe de teu nariz, a centelha de tuas pupilas desbocadas, tuas unhas que alimentam a inveja da lua, e em tua pele estival, tua boca de melancia.
Te pôs duas cabeças de vulcão acesas por fogo, por amor, por estirpe araucana, e sobre os dois rostos dourados da greda
te cobriu com o casco de um incêndio bravio e ali secretamente ficaram enredados meus olhos em tua torre total: tua cabeleira.