Danilo  de Jesus

Danilo de Jesus

1998-11-22 vitoria da conquista
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Alguns Poemas

Sempre

Nunca levar alguém no peito, mas sim no esquecimento tem sido minha sina. sempre nunca ter a metade que já mais me completou tem sido fado ate para o colar que eu ouso, que desde sempre falta a metade d'um coração. Caminhar e esperar e perder e chorar e amar só, me parece ter sido ordem divina, pois pecado seria se eu não fosse assim.



Dançando ao vento feito a chama de uma vela vou gastando a vida como se fosse a cera, abandonado e sem ter a quê iluminar. nunca respondo pelo sim, mas sempre pelo não... sou sinônimo de navio perdido a vagar vagar e de estrela sem sem constelação. minhas mãos são Gueiros sem força se a batalha for vencer, mas que levantam montanhas se a batalha for perder perder. minhas ilusões e desiludidas ilusões são traços de realidade... - da minha realidade machucada !



Pano de lagrimas não encharcado, gotas de mares de lagrimas não chorada e nada vez nada... tudo isso tenho estocado dentro de mim, como um tesouro um agridoce tesouro! E há sempre mais espaço para mais. cachoeira de alegria que secou , voo da vida que esfolou a cara no chão e o trágico romântico que ainda

não se suicidou, - e nem vai!, porque dói menos morrer do que perder ... - Sou a hipérbole do sofrimento!



Por isso, de tanto beber solidão sinto gosto de fel ate no pensamento e de tanto conversar com o silencio ouço adeus ate do vento e de tantos e por todos abraços não dados... - sou um vácuo preenchido de esquecimento. Mas quase se não ninguém me viu passar por de fora da vida e por de trás do mundo e no fundo de tudo, com coração batendo e com os olhos brilhando e com muito frio.

Expresso Trsiteza

Eu sei o que é ver a vida passar como quem escuta e olha uma cachoeira, mas nunca molhou os pés nela; sei também como é a ver passar galopando e ficar para trás, como poeira baixa no chão.
Antes mesmo eu soube e vi sonhos nasceram e morre em meu peito, porque sou eu quem está aqui neste túmulo afogado pelos lágrimas que nunca caíram;
por isso, Eu sei que não vale mais a pena contentar-se com o que poderia ser meu,Porque fui eu quem escreveu cada letra e cada página desta historia!

Tenho que dizer palavras que mal sei o sentido;
Tenho que tentar decodificar uma sintonia desconecta que apita dentro de mim todo o dia;
Tenho que me dizer e me reportar e me completar de tudo - de tudo!?

Eu não sei em que espécie de queda eu estou que nunca chego ao chão, talvez assim pudesse começa a recomeçar;
Eu não sei o quê que tanto procuro dentro de mim porque bem sei que lá não há nada - muito mesmo perdão - Não sei em que rua da vida meu trem se perdeu, mas daqui bem sei que o carregam só de tristeza!

Fiz da vida um filme para se assistir depois de amanhã e quando disso me lembrei o cinema já estava lotado e também já tinha perdido as melhores partes e do lado de fora não podem nem mesmo chorar!

Sonhei como um míope alinhava uma agulha! E assim costurei todos eles sem linha, por isso minha sacola de pano nunca se encheu.
Quem eu bem vi do pensamento não saiu, mas essa imagem foi murchando como tudo em meu coração, E só porque me pediram hoje não há mais uma estrela que não tenha contado! Com isso o que ganhei foi escuridão, vento e solidão!

Escrevo para saber que um dia sofrir, mas que  também  foi um Cezar,  um Cezar para mim mesmo. Por isso, não publico nada, guardo aqui estas notas e ponto.

 

 

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danilo
Obrigado
16/dezembro/2018
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Gostei de passar por aqui e conhecer um pouco do seu trabalho. Hoje tem tanta gente boa escrevendo por aí que é quase impossível dar conta de tudo!
29/maio/2017

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