Estranho Cotidiano
Em dias tão vazios e solitários
Vivo a busca incessante de uma felicidade
Que mesmo estando ao meu lado
Parece tão longe...
Devido a escolhas passadas
Que eu jurava serem corretas e prudentes
E que anularam o meu futuro...
Embora eu tenha tudo em minhas mãos
Me falta a coragem para a concretização
De algo que poderá suprimir a minha dor...
O tempo passa
Segundos minutos horas
Que acabam tornando-se em dias
Meses anos décadas
Enquanto eu permaneço nessa agonia...
Quem será o culpado?
À quem devo culpar?
Devo assumir responsabilidades sobre tal fardo?
Alguém habilita-se a servir-me de esteio?
Para que eu possa imputar-lhe essa culpa...
Ninguém poderá ajudar-me
Ninguém poderá responder-me
Nem mesmo eu
Tao exímio em respostas difíceis
E perito em resolução
De casos embaraçosos...
Há dor inexprímivel
Inefável câncer que corrói o meu sorriso e o meu alento
Não posso expulsar-te assim bruscamente da minha vida
Você cresceu dentro de mim
No terreno fértil do meu recôndito
Fortalecendo-se em minhas entranhas
No meu interior tu te alimentaste e se tornaste gigante...
Confesso que quando todos me deixaram sozinho
Você estava ali presente
Mesmo sendo incômodo
Você foi o meu único amigo...
Ouviu meu grito de dor
Absorveu as minhas lágrimas
Fez delas a água necessária para estancar a sua sede
Transformou o meu cansaço em adubo
Para tornar-se mais vigoroso e graúdo...
O corpo em que habita é prospero
Para que continue a crescer e dê frutos
Você tem direito adquirido
Pelo tempo que habita aqui dentro...
Meu parceiro meu amigo meu confidente
Meu inseparável estímulo
Meu propulsor
Para que eu siga em frente e atinja novos horizontes...
Nao se preocupe
Um dia tu me matarás
Mais te levarei junto comigo
Para a sepultura a qual derem para nós
E assim tambem 'te matarei'...
Será uma troca de favores
E não restará mais outra alternativa a ambos
A não ser trilharmos a eternidade
E desfrutar dos desconhecidos caminhos
Que o além cautelosamente
Está nesse momento reservando para nós.
Texto de André Veiga (Veiga)
Vivo a busca incessante de uma felicidade
Que mesmo estando ao meu lado
Parece tão longe...
Devido a escolhas passadas
Que eu jurava serem corretas e prudentes
E que anularam o meu futuro...
Embora eu tenha tudo em minhas mãos
Me falta a coragem para a concretização
De algo que poderá suprimir a minha dor...
O tempo passa
Segundos minutos horas
Que acabam tornando-se em dias
Meses anos décadas
Enquanto eu permaneço nessa agonia...
Quem será o culpado?
À quem devo culpar?
Devo assumir responsabilidades sobre tal fardo?
Alguém habilita-se a servir-me de esteio?
Para que eu possa imputar-lhe essa culpa...
Ninguém poderá ajudar-me
Ninguém poderá responder-me
Nem mesmo eu
Tao exímio em respostas difíceis
E perito em resolução
De casos embaraçosos...
Há dor inexprímivel
Inefável câncer que corrói o meu sorriso e o meu alento
Não posso expulsar-te assim bruscamente da minha vida
Você cresceu dentro de mim
No terreno fértil do meu recôndito
Fortalecendo-se em minhas entranhas
No meu interior tu te alimentaste e se tornaste gigante...
Confesso que quando todos me deixaram sozinho
Você estava ali presente
Mesmo sendo incômodo
Você foi o meu único amigo...
Ouviu meu grito de dor
Absorveu as minhas lágrimas
Fez delas a água necessária para estancar a sua sede
Transformou o meu cansaço em adubo
Para tornar-se mais vigoroso e graúdo...
O corpo em que habita é prospero
Para que continue a crescer e dê frutos
Você tem direito adquirido
Pelo tempo que habita aqui dentro...
Meu parceiro meu amigo meu confidente
Meu inseparável estímulo
Meu propulsor
Para que eu siga em frente e atinja novos horizontes...
Nao se preocupe
Um dia tu me matarás
Mais te levarei junto comigo
Para a sepultura a qual derem para nós
E assim tambem 'te matarei'...
Será uma troca de favores
E não restará mais outra alternativa a ambos
A não ser trilharmos a eternidade
E desfrutar dos desconhecidos caminhos
Que o além cautelosamente
Está nesse momento reservando para nós.
Texto de André Veiga (Veiga)
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