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rafaelpedro

rafaelpedro

Universidade Federal do Estado do RJ

19 novembro Rio de Janeiro, RJ
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Alguns Poemas

detalhe

diante de tanto problema
do caos que entra em cena
da isca que envenena
Adapto-me ao esquema

Mas valerá ainda a pena
Se, à noite, vier a faísca
Que ascenda um poema

avenida atlântica

dia que caía
nos achamos na avenida
envoltos pelo aço
rodas levam amaço

peles que se unem
epitélio estratificado colunar
atração com vista pro mar

duelo sem revolver, porém todos armados
poucos minutos velozes, porém todos amados

Só uma pessoa

O que me encanta
É a lua cheia numa noite calma
Já você, é só uma pessoa
O que me encanta são 
As luzes noturnas da cidade
E você é só uma pessoa 
O que me anima é um dia de sol à beira do mar
E você é só mais uma pessoa
O que me acalma são as músicas que gosto
E você ainda era uma pessoa
E o que me prende mesmo é alguma beleza 
Mas você foi apenas uma pessoa

indo

caindo ou rindo
descendo e subindo
mal vindo ou bem-vindo
dormente ou sentindo

vou-me indo
vou-me indo

Apontador



tem ponto que tudo apronta
exprime de ponta a ponta
de que ponto partimos…
e a que pontos  chegamos.
anima saber quando não é ponto final!
mas uma hora ele chega
e o relógio desmonta,
é lápis sem ponta,
que não escreve de amor
que aponta a ti
aponta a dor

chega de ilusão

Levanto.
pé quente, chão frio
pé duro, passo firme
chega de ilusão
ando pelo rio, a água já não me molha
carcaça dura, coração vazio
momento que pouco dura
alegria por um fio

pé duro, calçadão frio
miro o mar
um ato, é tato, é fato
mar quente, areia mole, pé frio
chega de ilusão.
a tristeza está por um fio


Onde nasce o escritor

Numa noite clara
que a lua brilha sem pudor
Duma coluna doída, na qual sente-se ardor
Da mão que cobre o rosto
escondendo-se o rubor

De cara a cara com o espelho
numa noite sem amor
combinando rima como se fosse cor com cor
É bem ali, rindo ou chorando,
onde nasce o escritor

ilha

veja um pouco de morte
sinta um pouco de sorte e
deixe a onda te levar

a turbulência que te afunda
talvez te carregue a uma ilha
que possa ser o paraíso ou
simplesmente a sua cama

verso per capita

a pessoa teve medo
a bandeira tremeu
da Cecília, se esqueceu?
e o Mário?

Às Quintas, ama.
anoiteceu.
entre mortos e feridos
restou quem escreveu

pro homem oblíquo

quando for caco
junte-se
quando errado
releve-se
quando poço
escale-se

quando inerte
revele-se
quando cinza
matize-se
quando deixado
mereça-se

Escrevo desde de 2015 num blog, comecei a publicar neste site em 2018, a maioria dos poemas já estavam escritos. Nao necessariamente bibliográficos, procuro publicar os que acho melhores, logo há muito mais deles que ficam de fora. Busco escrever para que a maioria das pessoas entendam, sem rebuscamentos.
Escrevo desde de 2015 num blog, comecei a publicar neste site em 2018, a maioria dos poemas já estavam escritos. Procuro publicar os que acho melhores, logo há muito mais deles que ficam de fora. Busco escrever para que a maioria das pessoas entendam, sem rebuscamentos.
Escrevo desde de 2015 num blog, comecei a publicar neste site em 2018, a maioria dos poemas já estavam escritos. Procuro publicar os que acho melhores, logo há muito mais deles que ficam de fora. Busco escrever para que a maioria das pessoas entendam, sem rebuscamentos.
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Escrevo desde de 2015 num blog, comecei a publicar neste site em 2018, a maioria dos poemas já estavam escritos. Procuro publicar os que acho melhores, logo há muito mais deles que ficam de fora. Busco escrever para que a maioria das pessoas entendam, sem rebuscamentos.

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