manoelserrao1234

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Nasceu a 19 Abril 1960 (São Luis - Maranhão)
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CARAMELO [Manoel Serrão]






Uma existência? Uma existência é como um caramelo que a saliva da vida encarrega-se de derretê-lo. 
Na boca do tempo, quando caba? Resta só a saudade do outro.












COMENTÁRIO por: Joao Batista Gomes Do Lago Lindíssimo, poeta ManoelSerrão SilveiraLacerda. Permita-me este breve comentário, que não tem a intenção de sê-lo uma análise do poema (AP), mas tão-somente uma expressivisibilidade da subjetividade dada que o poema me causa. Como um demiurgo, o Poeta, põe para "dançar" no palco do seu teatro de criação/criador/(in)criado, sob a regência de uma sinfonia delirante - mas ao mesmo tempo extraordinariamente harmoniosa -, o maior de todos os dilemas filosóficos do Homem (homem/mulher): o "Ser" existe ou o "Ser" vive? Nessa dicotomia, os atores (existência, caramelo, saliva, vida, tempo, saudade e outro) dão saltos esteticamente perfeitos uns sobre (e sob) os outros, provocando um imbricamento no "pas de deux" da sua dança poética. Esse imbricamento leva à construção de "saltos" tricotômicos, e até mesmo de caráter de quatro dicotomias, ou seja: sincronia/diacronia; língua/fala; significado/significante; sintagma/paradigma. Lê o poeta ManoelSerrão SilveiraLacerda (infelizmente ainda inédito), aos meus olhos, é sempre um exercitar da mente/imagem/linguagem. Reconheço: não é uma tarefa fácil, pois o poeta é, talvez(!?), nos dias atuais, o mais hermético que se insurge literariamente em terras maranhense e brasileira.

NOTA: João Batista do Lago [“João Batista do lago, maranhense, pode ser considerado, atualmente, um dos mais completos poetas e cronistas do Brasil, haja vista a consciência plural e significativa de sua intuição cultural, fato que o faz passear entre musgos históricos gregos e o modernismo clariciano, espargindo o pensamento poético alemão, americano ou inglês, sem esquecer das taças saboreantes dos vinhos que enebriaram o cismar dos poetas franceses como BAUDELAIRE (Charles Baudelaire), MALLARMÉ (Stéphane Mallarmé), FRANÇOIS COPÉE (François Édouard Joaquim Copée) e MUSSET (Louis Alfred de Musset) – o poeta do amor. Como eu, o Maranhão e o Brasil também, creio, se orgulham de João Batista do Lago, uma das maiores expressões literárias do mundo moderno. Fato que, realmente não deixa a desejar se comparado a nenhum dos franceses acima citados”. Marconi Caldas Poeta, escritor e advogado São Luís – Maranhão – Brasil 2007].