LONGO INVERNO
Nestes húmidos dias de inverno
Que mais parecem um inferno
Ponho as mãos no chão encharcado
Mondo a erva verde com o meu arado
E penso na cor do mundo transformado.
Lembro-me então que uma doença maldita
Vinda de longe, ficou, ninguém a evita
Obriga-nos a viver solitários como o ermita.
A erva colorida continuarei a mondar
Como não sei nada, ir-me-ei calar
Até ver se, como e quando isto vai acabar.
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