Leonardo Vianna

Leonardo Vianna

1991-11-28 Rio de Janeiro
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Tália e Melpomene

No final daquela rua há uma casa mágica,
Casa grande, casa bonita, sem muito ornamento.
Diz-se que lá a veia cômica desemboca na trágica,
Ao dia é solitária, porém à noite começa o movimento.
Aparecem pessoas robustas, risonhas, de grande desenvoltura,
E pessoas atarracadas, quietas, ávidas por cultura.

Todos sabiam que a casa tinha um poder especial
Transformava-se a si própria e o chato em fenomenal:
Homens viravam reis, cavaleiros e embriagados,
Loucos, mendigos e oprimidos soldados.
Em nórdicas e lavadeiras se transformam as atrizes;
Além de mães, princesas e meretrizes.

Sonhos se tornam realidade,
Feiticeiros desaparecem rapidamente,
Mas no fim sempre aparece a verdade,
Louvada de aplausos e sorrisos ardentes.

Noutro canto do mundo as pessoas não frequentam a casa
Não por lhes desagradar,
Porém por ela lhes faltar
E sem ela vivem na sufocante realidade rasa.
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