Maria Antonieta Matos

Maria Antonieta Matos

Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal

1949-01-09 S. Pedro de Terena - Alandroal - Evora
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CICLO DO LEITE

Olha ali deitada

Para ter os filhitos

Aquela vaquinha

Está já aos gemidos


Muito apressado

Vai o Eduardo

Pois o bezerrinho

Ficou entalado


Ajuda com esforço

E muito carinho

A vaca a parir

Para o bezerro sair


Lambendo para lavar

Dá beijos no filho

E ajuda a levantar

Para seguir o destino


Cambaleando e a cair

Lá dá uns passitos

E a sua mamã

Dá-lhes uns beijitos


Lá está o bezerrinho

Encostado à teta

Pronto para mamar

De cor branca e preta


Faz grande pressão

Na teta para mamar

Dá grande puxão

Para o leite lhe chegar


Vai atrás da mãe

Contente e a crescer

Brinca no prado

E a mãe a proteger


Pastando sem pressa

Anda a vaquinha

Comendo o pasto

Logo pela fresquinha


Cheiinha de leite

Não esquece a ordenha

Há hora marcada

Ninguém a detenha


A lavar a teta

Para a ordenhar

Está a Henriqueta

Para se despachar


Com as suas mãos

E dois dedos na teta

Puxa com cuidado

Para não fazer greta


Jorrando para o balde

O leite já está saindo

Só com habilidade

É que vai fluindo


Ali está a coar

O leite que sai

Para ir para depósito

A refrigerar


Bem lavado o depósito

Para refrigerar

Permanece ali o leite

Para transportar


Vem ali a analista

Para analisar

Se o leite está óptimo

Para comercializar


Porque a higiene e a segurança

É norma importante

A bata de cor branca

Faz parte integrante


Não haja um percalço

Tem que haver cuidado

O uso de calçado

Tem que ser adequado


Lavar bem as mãos

E evitar acidente

Faz parte da prevenção

Para não ficar doente


Torna-se indispensável

Na nossa alimentação

Por isso a qualidade

É uma preocupação


Tem água e vitaminas

Tem lactose e gordura

Tem minerais e proteínas

E também tem doçura


Hermeticamente fechado

E bem refrigerado

Chega o transporte

Algo especializado


A colher o cardo

No campo feliz

Está lá o Ricardo

Que ainda é petiz


À sombra a secar

A flor do cardo

Para armazenar

Com todo o cuidado


O cardo é utilizado

Para coagular o leite

E daí ser fabricado

O queijo muito aceite


Depois do leite ferver

E o coalho engrossar

Fica a arrefecer

Para o queijo moldar


Com forma redonda

Apertando com os dedos

O soro vai saindo

E formam-se os queijos


Na temperatura adequada

Em estantes a secar

Vão virando o queijo

Para não se estragar


Desnatando o leite

Pode-se fazer

A manteiga de vaca

Para com pão comer


Tem um valor alimentar

O leite comercializado

Para mais tempo durar

É embalado e engarrafado


Maria Antonieta Matos 16/07/2011

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