Samuel da Mata

Samuel da Mata

Nasci e cresci pobre, mas não tenho vergonha disso. Sofri na pele as injustiças da pobreza, mas mesmo assim vivi feliz pois não conhecia a sua verdadeira fonte. Saudei heróis forjados na podridão, mas vestidos no linho fino do engodo e da publicidade paga.

1965-10-17 Aracaju
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CONTANDO OS PASSOS

Já tive tantos motivos pra chorar, mas sempre preferi sorrir
Já tive tantos muros a me impedir, mas busquei um jeito de saltá-los
Já sofri afrontas imperdoáveis, mas a Deus eu entreguei as causas
Já tive amigos maquiavélicos, mas não hesitei em apartar-me deles
Já teci planos glamourosos, mas todos se apagaram com o tempo
Tantas horas já velei em noites escuras, mas sempre esperei a alvorada
Já tropecei tantas vezes no caminho, mas nunca desisti da marcha
Tantas vezes confiei em pessoas falsas, mas nem por isso abandonei a boa fé
Já me cansei tantas vezes da jornada, mas sempre em Deus achei o alento
Tantas coisas adquiridas em árdua luta, renegadas foram a ventos de descaso
Muitas coisas já me pareceram preciosas, mas entendi que, de fato, só a fé importa
Vi, por fim, que a sabedoria é a cinza que nos sobra no queimar da nossa própria estupidez

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