Maria Antonieta Matos

Maria Antonieta Matos

Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal

1949-01-09 S. Pedro de Terena - Alandroal - Evora
196620
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CICLO DO MEL

Em missão voando

Com todo o esplendor

Lá vai a abelha

Poisando na flor


Lá vai o enxame

Com segurança

Pousa no arame

E leva esperança


Observa os campos

Encantados e coloridos

Dirige-se sem enganos

Aos pólen preferidos


Em voo lento

E asa a flutuar

Soprando-lhe o vento

Estão a trabalhar


Carregam o pólen

E levam alimento

Para fazer o mel

E para seu sustento


De flor em flor

O pólen a polvilhar

Nascem outras flores

E o ciclo a regressar


Para o mel armazenar

E desenvolver a colónia

A cera é o lugar

Fixa na tua memória


Depende da campeira

O alimento e defesa

Não caias na asneira

Trata-la com rudeza


Para se defender

Espeta a ferroada

Que é de morrer

Fica a pele inchada


Com esta maldade

Sacrifica a vida

Resta a saudade

Da vida perdida


Com grande ardor

E super inchaço

Sente-se uma dor

Cuidado com o braço


No caso de picada

Sentir alergia

Consultar o médico

É uma mais-valia

Para evitar espalhar

O veneno no corpo

O ferrão deve tirar

Com a unha sem esforço


Usado é o ferrão

Para fins medicinais

Com resultados

Sensacionais muito especiais


Olha as abelhas

Muito organizadas

É um gosto vê-as

Tão atarefadas


Inseto voador

É disciplinado

Trabalha com fervor

Para o seu estado


Vivem em sociedade

Numa colónia

Têm uma rainha

E muita história


A ordem na colmeia

E reprodução da espécie

Depende rainha

Que é a abelha-mestra


De um ovo fecundado

Nasce a rainha

Tem dotes especiais

E vive sozinha


Nesta sociedade

Bem organizada

Há muita atividade

E é hierarquizada


Existe família

Dentro da colmeia

Segurança e vigília

De trabalho, cheia


Cuidando da higiene

A abelha operária

Trabalha nessa tarefa

Com muita glória


Com muita emoção

E a servir a rainha

Estão as faxineiras

Com toda a vitamina

Carregadoras de piano

E muito motivadas

Trabalham todo o ano

E são elogiadas


A alimentar a larva

Para as abelhas nascer

Lá estão as nutrizes

Com muito saber


Produzindo a geleia

E alimentar a rainha

Estão as operárias

Nesta grande rotina


Promovida a engenheira

Constrói com prazer

Os favos e as paredes

Para o mel conter


Em voo nupcial

A rainha a ondular

Procura um zângão

Para acasalar


O macho da colmeia

É a abelha zângão

É maior que a abelha

E não tem ferrão


Rodeia a colmeia

Pr’a rainha namorar

E morre na teia

É o preço de copular


Não tem outra função

E para sobreviver

Depende das operárias

Que lhe dão comer


Quando não há comer

Lá para o inverno

São expulsos da colmeia

E é um inferno


Fumigar a colmeia

Para a abelha sair

E retirar favos cheios

De mel a fluir


Para se iniciar

Na apicultura

Tem que se estudar

Toda a esta estrutura


Com muita paixão

E alguns afazeres

É a solução

Para o sucesso teres


A localização

Para a colmeia instalar

É muito importante

Para tudo começar


Chama-se apicultor

Ao criador de abelhinhas

Envolve-se com amor

Sai tudo sobre rodinhas


Ser mudável o abrigo

Para fácil deslocação

Estar bem protegido

E o clima ter em atenção


Fácil de manobrar

Toda a sua conjuntura

Ser resistente para durar

E estar perto de doçura


O fato é fundamental

A máscara e o chapéu

Tapar tudo é essencial

Não tenhas o corpo ao léu


O fumigador e a alavanca

E o levanta quadros

Ferramentas necessárias

Para estes trabalhos


Maria Antonieta Matos 18-07-11

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