

Maria Antonieta Matos
Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal
CICLO DO MEL
Em missão voando
Com todo o esplendor
Lá vai a abelha
Poisando na flor
Lá vai o enxame
Com segurança
Pousa no arame
E leva esperança
Observa os campos
Encantados e coloridos
Dirige-se sem enganos
Aos pólen preferidos
Em voo lento
E asa a flutuar
Soprando-lhe o vento
Estão a trabalhar
Carregam o pólen
E levam alimento
Para fazer o mel
E para seu sustento
De flor em flor
O pólen a polvilhar
Nascem outras flores
E o ciclo a regressar
Para o mel armazenar
E desenvolver a colónia
A cera é o lugar
Fixa na tua memória
Depende da campeira
O alimento e defesa
Não caias na asneira
Trata-la com rudeza
Para se defender
Espeta a ferroada
Que é de morrer
Fica a pele inchada
Com esta maldade
Sacrifica a vida
Resta a saudade
Da vida perdida
Com grande ardor
E super inchaço
Sente-se uma dor
Cuidado com o braço
No caso de picada
Sentir alergia
Consultar o médico
É uma mais-valia
Para evitar espalhar
O veneno no corpo
O ferrão deve tirar
Com a unha sem esforço
Usado é o ferrão
Para fins medicinais
Com resultados
Sensacionais muito especiais
Olha as abelhas
Muito organizadas
É um gosto vê-as
Tão atarefadas
Inseto voador
É disciplinado
Trabalha com fervor
Para o seu estado
Vivem em sociedade
Numa colónia
Têm uma rainha
E muita história
A ordem na colmeia
E reprodução da espécie
Depende rainha
Que é a abelha-mestra
De um ovo fecundado
Nasce a rainha
Tem dotes especiais
E vive sozinha
Nesta sociedade
Bem organizada
Há muita atividade
E é hierarquizada
Existe família
Dentro da colmeia
Segurança e vigília
De trabalho, cheia
Cuidando da higiene
A abelha operária
Trabalha nessa tarefa
Com muita glória
Com muita emoção
E a servir a rainha
Estão as faxineiras
Com toda a vitamina
Carregadoras de piano
E muito motivadas
Trabalham todo o ano
E são elogiadas
A alimentar a larva
Para as abelhas nascer
Lá estão as nutrizes
Com muito saber
Produzindo a geleia
E alimentar a rainha
Estão as operárias
Nesta grande rotina
Promovida a engenheira
Constrói com prazer
Os favos e as paredes
Para o mel conter
Em voo nupcial
A rainha a ondular
Procura um zângão
Para acasalar
O macho da colmeia
É a abelha zângão
É maior que a abelha
E não tem ferrão
Rodeia a colmeia
Pr’a rainha namorar
E morre na teia
É o preço de copular
Não tem outra função
E para sobreviver
Depende das operárias
Que lhe dão comer
Quando não há comer
Lá para o inverno
São expulsos da colmeia
E é um inferno
Fumigar a colmeia
Para a abelha sair
E retirar favos cheios
De mel a fluir
Para se iniciar
Na apicultura
Tem que se estudar
Toda a esta estrutura
Com muita paixão
E alguns afazeres
É a solução
Para o sucesso teres
A localização
Para a colmeia instalar
É muito importante
Para tudo começar
Chama-se apicultor
Ao criador de abelhinhas
Envolve-se com amor
Sai tudo sobre rodinhas
Ser mudável o abrigo
Para fácil deslocação
Estar bem protegido
E o clima ter em atenção
Fácil de manobrar
Toda a sua conjuntura
Ser resistente para durar
E estar perto de doçura
O fato é fundamental
A máscara e o chapéu
Tapar tudo é essencial
Não tenhas o corpo ao léu
O fumigador e a alavanca
E o levanta quadros
Ferramentas necessárias
Para estes trabalhos
Maria Antonieta Matos 18-07-11