Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Nesse jardim plantei um mar de rosas viçando Depois reguei todas elas com o perfume que roubo A cada pétala embalsamada e embebida no bálsamo Da poesia anfitriã do amor que aprimoro a cada verso Espantando o senil alzheimer do tempo chegando Chegando litigante e viril
Olha como as rosas nascem assim estonteantes Compondo e colorindo o puzzle destas palavras pujantes Aplaudem e eclodem no universo literário onde colecto Cada letra transbordando a condizer Redimindo toda a rima que se amontoa no cosmos da Poesia contagiada de prazer
Deixa que as rosas perfumem o ar que nos alimenta Roguem à fé toda uma oração descrita na ementa do amor Suprindo à razão o exercício da mais fiel adoração Ó Deus meu...seja o temor e a obediência a imagem Que acalenta minha fé e toda a minha inspiração
Onde pernoitar a mais bela rosa, então bebo-a Sugando todos os fluídos perfumados do dia vasculhando Cada odor que exalam assim conclamados, arregaçando as Mangas do tempo que ressuscita agora fiel e mais apaixonado