Presa entre vossas mãos?
Ó vem! Vem!
E co’a m’alma cobrir-te-ei de paixão.
E te porei de amoras para dengos de amores.
E vós sabereis d’aurora o despertar da vida, ó dei glória!
Ó vem! Vem!
E vós sabereis do Crepúsculo a madura face que sou.
E vós sabereis da Noite em que rocio e sereno repouso.
E vós sabereis dos Dias de revelada incerteza a passagem das horas.
Ó vem! Vem!
Dá-me tua mão, Luz! E babaremos os nossos travesseiros de seda.
E exaltaremos os nossos poemas viajoros.
E seremos eternos nossos sonhos apinhados de flores.