No átrio abscôndito do teu eu,
A vida flui na beleza que te fere;
Obras de tuas mãos consequentes,
Deixando no coração a sentença.
Da hereditária morte os comensais,
Compartilham entre si pensamentos;
Enraízados em suas almas,
Seguindo direções inconstantes.
Das lágrimas a predileção,
Rasto de uma luta humana interior;
Divagando entre o valor e a necessidade,
Enquanto algo se perde pelo caminho.
Em algum lugar um gemido,
Sem idade e nem pátria;
Verdades silenciadas pelo medo,
De alguma decência que se perdeu.
Pela ambição desmedida de um ser,
Outro caminha em espinhos;
Talvez uma existência se desfaça,
Findando sonhos desconhecidos.
A realidade se molda velozmente,
Trazendo em si humanos fantasmas;
Colóquios das trevas e da luz,
Sob olhares incrédulos.
As sementes são tantas,
Variados campos fecundos;
Cultores de várias nações,
Entre a vida e a morte.