Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Túrgida desperta a manhã velando a Quietude que veste o semblante de todas As carícias tão estimulantes, encharcando A flocosa luz que irradia tanta euforia jubilante
Os sabores perfumados da manhã despontam deglutindo Cada gargalhada tatuando os odores que aplaudem O carretel de felicidade saltitando entre estes insaciáveis versos Escritos num implante de tempo sempre tão apelante
Sem deixar cicatrizes o silêncio feriu a noite exalante Resvalando num amontoado de solidões espevitadas e itinerantes Premeditando este destino barricado em mim assim de rompante
E por fim doei-me todo furtando até aquela ilusão retida nesta Fé tamanha que se ergue subtilmente, vigiando pelo periscópio Da saudade este poema cordialmente todo o amor expiando
Numa nesga de tempo decorei a anatomia dos nossos beijos Quando descortinei aquele segredo tão incandescente vestindo só os Sussurros esquecidos no epicentro de um sonho tão deleitado e convincente