Armando A. C. Garcia

Armando A. C. Garcia
Nasceu a 12 Novembro 1937 (São Paulo)
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Estamos em guerra!

Estamos em guerra!


Estamos em guerra, estamos em guerra
Numa guerra sangrenta e desigual
Acabou a paz em nossa linda terra.
As grandes metrópoles estão sangrando
Morrendo centenas de nossos irmãos


Os cardeais, se não compactuam, silenciam
Deixando proliferar o crime, a fraude, o dolo
Todas as penas descumpridas se desviam
Do direito e da justiça. E, são consolo
À parte que praticou a injustiça


E, ainda, têm as leves penas reduzidas
Pelo sistema de progressão de penas,
As vítimas, ficam atônitas desprotegidas
Da justiça, que deveria dar-lhes apenas
O cumprimento da justiça pras suavizar


A dor sofrida, pela angústia d'amargura
Que muitas vezes leva nossos entes queridos
À consternação da fria sepultura !
E ver o criminoso sair impune, nos brios
É ato que fere a alma e a civilidade


À vítima ou à sua família, o governo
Nada paga, pela dor do sofrimento
Mas o criminoso tem um soldo moderno
De acerca de um salário e meio o provento
Mais que a paga daquele que sua a camisa


Estamos em guerra, numa guerra suja
O criminoso tem direito a visita íntima
Tem direito à saída de Natal, dia das mães
Nunca cumpre a pena integral, só um terço
O Brasil para o criminoso é um berço


A pobre da vítima, não tem a mesma sorte
Ou fica atrofiada, ou paralítica
Na maioria das vezes o destino é a morte
Ninguém a socorre, esta é a política
Praticada pelos cardeais da nossa corte


Já dizia a francesinha Jaqueline
No programa do velho Manuel da Nóbrega
Brasileiro é bonzinho... Brasileiro é bonzinho...
O comportamento espelhado nessa vitrine
Vai puxando e aconchegando esse trenzinho


Houvesse mais civismo e patriotismo
Nos cardeais que regem esta nação
Criminoso, não teria tais benesses
Cumpriria a pena com todo rigorismo
Sem *sinecuras ou atos de perdão


Matam abruptamente, mesmo sem reação
Parece que têm prazer em tal ato cometer
Desprovidos de sentimentos no coração
Só improbidade carregam em seu ser
Afastados de Deus, o crime é seu prazer.


Se as benesses da Lei de Execuções penais
Responsabilizasse pelo ato, quem as profere
Certamente, não as concederia jamais,
Ou então, para concedê-las se infere
Nas periculosidades racionais


Se o advogado erra, pode ser punido
Punição igual, a merecer o julgador
Responsabilizá-lo por tal, é de bom sentido
Ninguém no mundo pode ser superior
Para poder errar, sem ser suprimido.


As consciências em prol do corporativismo
Calam-se e silenciam, emudecendo
Sabem que a voz do povo, logo olvida
Enquanto isso vão subindo, vão crescendo
Tirando proveito de quem sofre na vida !
- benesses

São Paulo, 27/09/2009
Armando A. C. Garcia -

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