ao Soares e Roberto,
porque a mizade pode ser eterna...
Sentado no tempo observo o dedilhar
De cada som esbelto e irreverente decorando
Aquelas silhuetas envoltas em mil sombras
Tão profilácticas... tão telepáticas
O chorinho vai e vem até o por do sol onde
Embebedo palavras trajadas de amor e paixão
Clonadas na amizade tecidas na mais pura
Maresia ondulando, ondulando até à exaustão
A tarde caiu de mansinho e de solidão
Em solidão as ilusões agigantam-se pelo
Poente nutrido com caricias tão bem aferidas
Perfumo cada verso encorpado de rimas
Ardentes deixando na noite vultos de nós
Embalando o culto do amor remido e diligente
Frederico de Castro