Frederico de Castro

Frederico de Castro
Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Nasceu a 20 Junho 1961 (Bolama )
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Sol dos meus olhos



Dos meus lábios pendem beijos adocicados
Naufragando sem malicias junto àquelas
Maresias soçobrando tão desejadas

No sol dos meus olhos brilha a luz desanuviada
Adiando cada fatigado lamento embasbacado
Que ruindo se encastra à alma derradeiramente sitiada

No sol dos meus olhos desponta a manhã suada
Fantasticamente enxaguada pelos gomos de luz
Travestidos de palavras corteses e abismadas

Além debochada sossega depois a noite tão
Esparramada nos lençóis da escuridão ouriçada
Até que respingue em nós aquela caricia tão cobiçada

Frederico de Castro