Cessei de viver uma vida postiça,
Fadada a tanta melancolia,
Revirando os escombros da alma,
A caminhar perdido na ilusão,
Enlaçado taciturnamente ao caos,
Banhado de lágrimas copiosas.
Não desejo mais tantos eus,
Clones mórbidos promíscuos,
Flertando na paranoica escuridão,
Aos beijos com a apaixonada solidão,
Risonha em seus contrastes,
Ao lado do inverso amor,
A oferecer suas pobres migalhas.
Deixo o túmulo para os mortos,
Onde sepulto minha loucura,
Este óbito há tanto desejado,
Na esperança da felicidade,
Feito a tímida alvorada,
Que mansamente faz girar o tempo,
Feito eu e minha esperança,
No grande círculo da vida.