Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Um grão de luz insuspeito penetra Nesta escuridão exponencialmente Indesejada, até se aconchegar depois Entre os mamilos da noite agora indultada
Envolto num profano silêncio a solidão em Prantos peneira cada lágrima caindo pelo Semblante da saudade mais cogitada, até Deixar na tardinha uma caricia, oh tão ostentada
E assim resvala o tempo sonolento e molestado Embebedando cada hora esquiva e desapontada Despenteando esta ilusão extravagante e espevitada
Na clarabóia dos meus silêncios brilha um luar tão grado, Tão denodado que me atrevo a seduzir-te todo o abecedário De palavras inspiradas, impregnadas com um sorriso tão sacrário