Nas margens da noite abriga-se uma maré harmoniosa
É simétrica à esperança que alimenta a fé navegando
Num oceano de orações tão minuciosas…tão esotéricas
Nos seus últimos torpores a escuridão esventra
A solidão sublimada num lamento astucioso
Deixando indeléveis ecos verberar um grito mais furioso
Do negrume da noite restam somente pequenos
Gomos de luz a levitar na imponderabilidade do espaço
Onde o tempo sonolento dormita grandioso no meu regaço
Frederico de Castro