Corpo corpo que te seja leve o peso das estrelas e de tua boca irrompa a inocência nua dum lírio cujo caule se estende e ramifica para lá dos alicerces da casa
abre a janela debruça-te deixa que o mar inunde os órgãos do corpo espalha lume na ponta dos dedos e toca ao de leve aquilo que deve ser preservado
mas olho para as mãos e leio o que o vento norte escreveu sobre as dunas
levanto-me do fundo de ti humilde lama e num soluço da respiração sei que estou vivo sou o centro sísmico do mundo