a paisagem prolonga-se num S de flores azuladas ela entra nas ruínas junto ao ângulo penumbroso da casa destruída está vestida de branco quando ele lhe fala ambos têm o olhar vago ela recorta-se sobre um fundo de árvores nuas ele está de pé encostado a um muro de pedra ouve-se alguém dizer: não tenhas medo so somos apenas actores dum sonho paralelo à paisagem os lábios dela tremem ou sorriem ele encolhe-se mais contra a parede o silêncio ainda não os abandonou ela espreita-o ele desenha-se exacto no centro do écran (de novo uma voz off) um vento vertical adere à casa onde as raízes dos cardos irrompem dos alicerces e quando ela se vira para o interior das ruínas prende-se-lhe o olhar num ponto inexistente ele já ali não está apenas a objectiva da câmara continua a segui-la