Os rouxinóis inexoráveis da primavera trazidos até nós por certa curta carta em que canto da noite cantarão agora que já os frágeis frios vindimam? E os lilases crudelíssimos de junho inalteráveis como o céu das férias grandes talvez desdobradas sobre a adolescência de que nos valerão perante a insinuante música do outono? E a mãe que o filho suga a ruga que mãos estenderá sobre estes rostos onde poisaram patas implacáveis dias? E quando o vento verga os choupos do princípio e despe os ramos dos plátanos familiares faltará muito que nos cubram provisioriamente as folhas fatigadas das desoladas árvores? Já sobe a nossos pés o cedro do silêncio Promete-nos o sol que sobre os nosso rostos hão-de na primavera ondular os trigos.