Eu sei que tu me esperas pela boca do dia redondo sobre ti como um desejo e que quando toda a paisagem for vã hás-de proteger-me com tua chuva de linhas
E no entanto paramentado com ideias de circunstância talvez eu me olhe em outros espelhos e admita conceitos arejados como tapetes esquecido de que tu continuas a subir do sepulcro dos meus dias como o primeiro orvalho que a donzela contente por ter a possibilidade de ser vista de fora recebe na cara ao abrir a janela
Mas se amanhã me olhares o teu olhar levantará nuvens de séculos sobre o meu caminho de pó As folhas são pelo menos tão naturais como as palavras e a radical árvore onde te imolaram tinha sido embora trabalhada vegetal e verde