VII - na esperança da sorte que nos surge
VII
na esperança da sorte que nos surge
como promessa, aceitamos aguardar,
pela dispensa, antes da deserção,
intuindo a precipitação de dias melhores;
inventamos a temperança, convidamos
os mentores da solidão para nos convencer
a compreender a importância
de retroceder como invenção poética
estética, atemporal - extrusão
que se concretiza, tal qual uma incógnita,
sem representação, na imanência
perene e irrefreável da eruptiva rebelião
dessa construção insólita e inacabada
(Bernardo Almeida)