

wilamycarneiro
Nasceu em Sobral, no Ceará. É professor, poeta, escritor, memorialista, historiador e cordelista.
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RAPSÓDIA
RAPSÓDIA
Não foi dessa vez,
N'um tempo oportuno, talvez
um tiquim assim faltou,
o povoado na ribanceira vaiou,
As chuvas na cabeceira.
Alaetória que nem eiria, nem beira,
os poetas das chuvas cantaram,
na Imprensa alarmaram,
Jaibaras vai sangrar!
e Sobral no centro, alagar,
Falta um, dois, centimetros
a desfola foi n'um perímetro.
na cabeceira, a chuva caiu,
no campo, o sol sumiu.
Açudes, com carga total,
Na roça, floriu o milharal,
o gado mungindo, deu leite,
A criança no seu deleite,
Os campos esverdeados,
e os pássaras, encantados.
As abelhas, polinizado,
O jacanã, na lagoa desfilando,
A Asa Branca do sertão,
na autora, a mansidão.
O pescador, na canoa
coaxando o sapo fez na lagoa,
A garotada, no banhar do rio,
O cão latindo arredio,
o tucunaré na panela
o cabrito, a cabidela,
O cabolclo co gibão
degustando farinha e feijão.
e o tempo improviado
o relógio atrasado
e a vida n'um minuto
o balbuciar do matuto!
jwc
Não foi dessa vez,
N'um tempo oportuno, talvez
um tiquim assim faltou,
o povoado na ribanceira vaiou,
As chuvas na cabeceira.
Alaetória que nem eiria, nem beira,
os poetas das chuvas cantaram,
na Imprensa alarmaram,
Jaibaras vai sangrar!
e Sobral no centro, alagar,
Falta um, dois, centimetros
a desfola foi n'um perímetro.
na cabeceira, a chuva caiu,
no campo, o sol sumiu.
Açudes, com carga total,
Na roça, floriu o milharal,
o gado mungindo, deu leite,
A criança no seu deleite,
Os campos esverdeados,
e os pássaras, encantados.
As abelhas, polinizado,
O jacanã, na lagoa desfilando,
A Asa Branca do sertão,
na autora, a mansidão.
O pescador, na canoa
coaxando o sapo fez na lagoa,
A garotada, no banhar do rio,
O cão latindo arredio,
o tucunaré na panela
o cabrito, a cabidela,
O cabolclo co gibão
degustando farinha e feijão.
e o tempo improviado
o relógio atrasado
e a vida n'um minuto
o balbuciar do matuto!
jwc
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