Se tu não estás

De que me vale, o corpo trespassado acair no chão

As mãos no peito, os olhos de carvão aperder a luz.

De que me vale sentir fria a terra queme seduz

E o fio de sangue vivo a correr na mão

Se tu não estás.

De que me vale, a brisa na face, o vento

Frio das palavras, se em mim, nadasobreviveu.

Se ao cair no chão, a terra dura, é océu

Onde voo, imagino e invento

Sempre que tu não estás.

Mas tu não estás em nenhum lado.

E eu estou aqui, procuro por ti e trago,

No rosto um sorriso, sem vontade, largo

Tudo o que me desespera. Desesperado

Porque tu não estás.

m.sts (10.10.2013)

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