Nubia Machado

Nubia Machado

1977-05-25 São Paulo
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Ana aLuz

Lá estava ela, Ana, sentada na beira da rua olhando o infinito.

Perdida, sem rumo, sem direção.

A chuva caia, depois ia embora e lá estava ela.

O sol vinha majestoso, aquecia o seu corpo, mas as mãos, as mãos continuavam frias.

É! Ana construiu um império formado por sonhos realizados, mas que agora pareciam vazios, os olhos sem brilho, sem esperança, sem confiança em nada nem em ninguém.

Os pássaros às vezes até sorria com eles, mas já não se lembrava de como era a canção, até a brisa jogada pelas asas deles lhe sufocava.

Mas um dia no seu imenso desespero, naquela mesma rua, olhando o infinito percebeu uma Luz, esfregou os olhos para ter certeza e então a Luz veio em sua direção e com uma força desconhecida por Ana tomou-lhe a alma, então sentiu as mãos esquentarem, o coração coitado cansado tomou um ritimo descontrolado, dos olhos lhe caíram lagrimas e o brilho da Luz por eles refletiu.

O seu império desmoronou, mas o que restou dele agora ria com Ana, era um sorriso tímido, mas puro e realmente feliz. A canção tomou conta de si e as cores retornaram. Aquela Luz lhe pegou pelas mãos e lhe mostrou um infinito desconhecido.

Então se entregou de corpo e alma e a assistir aquela linda valsa de amor começou a dançar, rodopiava, saltava... Há era tanta alegria nunca antes vivida!

Só que nos rodopios da valsa nem percebeu que a Luz foi embora, e quando abriu os olhos acordou, naquela mesma rua.

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