Cedric Constance

Cedric Constance

Nas entrelinhas de minha poesia,
Me faço rei em meu universo,
Mesmo que seja de fantasia.

- Cedric Constance
(Heterônimo).

1994-07-21 Uruguaiana
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CASA DO SILÊNCIO

Vai-se um, vai-se outro e mais outro
Para não regressarem nunca mais...
E para quem fica, os dias são todos iguais
Vivendo à espera dum sonhado reencontro...

A casa agora é vazia, já não tem tanto calor.
Onde haviam risos, danças e alegrias
Paira apenas um silêncio cortante e opressor...

Os lábios trêmulos, murmuram orações
Para acalmar a dor do coração...
Mas não há palavras que possam confortar
A saudade daqueles que já se vão...

A luz da vela corta a escuridão,
Iluminando os cômodos gélidos e solitários...
Na parede, o tique-taque do relógio
Anuncia o tempo que se esvai
Feito água que escorre pelas mãos...

E o vento sussurra suas lamúrias pelos escuros corredores...
A casa agora é toda feita de solidão
Morada de almas que lamentam suas tristuras
Chorando o luto de seus familiares e amores,
Que partiram eternamente para outras alturas...

Imagem por Roberto De Mitri.

Luto
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