Os Olhos do Tato

Na madrugada todas as horas são pardas
(e o olhar obsessivo adora simetrias);
toda cor se degrada nas lentes do tato
e formas desiguais ganham certa harmonia.

Abolida a visão em proveito do toque
o contato penetra pela superfície
em diversos sentidos, com um novo enfoque
diluindo na mão o que o olho fazia.

No teu corpo o que eu toco é o prazer exato;
o contorno uniforme que se evidencia
e se espalha por dentro e por fora o contato
e retorna pra mão em forma de poesia.
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PEN Clube 1993Poesia Concreta

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