Murilo Porfírio

1995-07-28 Minas Gerais
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I-XCVII Jaezes de vida e morte

Quando acordei, notei perder os dias nesta noite única.

Sinto ter passado meus anos de juventude e, agora exausto,

o sono chega ainda tardio e impotente,

largando-me nos sonhos do que foi meu presente.

 

Roderico sonha ver-me nas nuvens suspensas,

imagine tua expressão ao ver-me nas trevas imensas.

Embora a noite nos para, podemos ainda tentar,

encontrar a vida nas palavras, a única forma de nos alcançar.

E se um dia vir eu a amadurecer, libertarei minha alma de Veneza.

 

Por enquanto, sou tolo, preso às artimanhas de Iago,

gasto a vida pelo fado de Cassio, um triste afago.
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