SENHORA DO LAGO
Donde vieste tu senhora do lago, ardente, vibrante audaciosa?
Envolta
nos mistérios das brumas, que esconderam tanta beleza
Que
ilha de aromas e encantos te conservaram tão airosa
De
que reino e de que história são as insígnias da tua nobreza.
De
que tempos, de que séculos, te trouxeram a nós doce rainha
Embalada
por harpas pressagias e pelo troar das trombetas
Que
horas profundas, lentas e caladas, teve senhora minha
Que
não ouvistes os cânticos sacros que te cantaram monges poetas.
Quem
te prendeu nesse lago, de marés nostálgicas e de mágoas
Que
neblinas de feitiçarias te deixaram no tempo adormecida
Esquecida
de ti, eremita de clausura, nesse sono Elfo sem vida.
Já
não és mais cativa, a doce magia da luz te desfolha nessas águas
Decantas
um casto sorriso, rasgando a bruma que no ar ascende
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