José João Murtinheira Branco

1954-01-27 Vila Franca de Xira
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AMOR NAUFRAGADO

Nunca perto, sempre longe, sem domínio e sem cadência

Navego na noite escura, sem estrelas, à luz das velas

Sem rumo nem orientação, sou um náufrago da tua demência

Perdido neste mar de sentimentos, sem portas e sem janelas.

 

Deste amor navegante que se perdeu no mar e naufragou

Por não encontrar um porto de abrigo, farol ou uma luz acesa

Flutuando há deriva não resistiu a tanto rombo e se afundou

Nos vis baixios do ciúme contra os rochedos da incerteza.

 

Onde estavas quando precisei de ti? Perto, longe, distante do meu chamar

Náufrago de ti, não escuto os passos, não sinto os teus braços, não te ouço falar

Já não sinto, nem vejo esse teu gesto sem jeito de te enroscares no meu peito.

 

Nunca perto, sempre longe e distante, naufrago neste mar de amor imperfeito

Onde os poemas morrem e as musas cantam os sentimentos que já senti

Guardo em mim um desejo, recordar o primeiro beijo e a última vez que te vi

J oão Murty
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