AMOR NAUFRAGADO
Nunca perto, sempre longe, sem domínio e sem cadência
Navego
na noite escura, sem estrelas, à luz das velas
Sem
rumo nem orientação, sou um náufrago da tua demência
Perdido
neste mar de sentimentos, sem portas e sem janelas.
Deste
amor navegante que se perdeu no mar e naufragou
Por
não encontrar um porto de abrigo, farol ou uma luz acesa
Flutuando
há deriva não resistiu a tanto rombo e se afundou
Nos
vis baixios do ciúme contra os rochedos da incerteza.
Onde
estavas quando precisei de ti? Perto, longe, distante do meu chamar
Náufrago
de ti, não escuto os passos, não sinto os teus braços, não te ouço falar
Já
não sinto, nem vejo esse teu gesto sem jeito de te enroscares no meu peito.
Nunca
perto, sempre longe e distante, naufrago neste mar de amor imperfeito
Onde
os poemas morrem e as musas cantam os sentimentos que já senti