Ms. Feellings

Ms. Feellings

textos pessoais sobre oque sinto e vivo. ౨ৎ

2009-08-24
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Pai.

Na infância, braços fortes a me proteger, Carinho e amor, meu porto seguro, meu viver. Nos olhos dele, eu via o brilho, Orgulho e ternura, eu era seu maravilhar.

Cresci, o tempo passou, a distância se instaurou, Os abraços se tornaram frios, o carinho me sufocou. Agonia agora toma conta do meu ser, Qualquer toque, um peso, um não querer.

Antes, a princesinha, agora a desobediente, Trancada no quarto, mente em tormento, alma ausente. O caos reflete na bagunça do lar, Culpa e saudade de quem fui, do que nos fez afastar.

Queria voltar ao tempo de brilho nos olhos, De ser cuidada, amada sem nós. Mas o tempo é implacável, não volta atrás, Resta lembrar da infância, de quando fui capaz.

Pai, sinto falta de ser sua menina, Não a sombra de quem hoje não se enxerga, que declina. O quarto é meu refúgio, meu caos, minha mente, Culpa e lembrança, de um carinho, um presente.

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