Ludmila Martins

Ludmila Martins

Sustentada por bons livros, filmes e músicas.

2006-01-30
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Ser eu

Existe em minha complexidade grande grau de vulgaridade. 

Sou banal e me inclino a tudo aquilo que é julgado supérfluo com mais facilidade do que à formalidades. 

Sou fragmentos de estrelas. Inclusive sou você. E você sou eu. E somos nós, um. 

Às vezes sinto que sou também tudo o que não digo ser. Sinto ser mais que isso, sinto ser espírito. Minha alma é sua alma? Alma se divide também? 

 

Quando me canso de ser nada, sou tudo. Mas ser tudo é difícil, por isso estou quase sempre sendo nada.

Sou barroca e sou dia 30 de Janeiro. 

Não possuo vida, eu sou vida. 

Sou nuvem que precipita. 

 

Cansei do eu. Digo tudo isso e nem sei se creio. 

Digo tudo isso por estar exausta de viajar em mim tentando me conhecer. 

Minto para mim mais do que deveria, no fim a verdade se encontra no mesmo lugar que a mentira,
 e de nada me adianta o desejo de enganar-me minimamente e ser feliz.

 No fim, é sempre o fim. 

E sempre que digo, não digo nada. Se escrevo, não uso palavras. Se lê, não lê com os olhos.

 E se acaso sinta, sinto muitíssimo. 

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