O Bem Que Me Escapa

Queria fazer o bem com as duas mãos abertas,
mas tropeço sempre nas sombras que carrego.
O mal que detesto me veste com facilidade,
enquanto o bem me escapa como vento entre os dedos.

Oro com sinceridade, clamo por mudança,
mas na esquina da alma, erro de novo.
Há dois de mim em guerra constante —
um que Te ama… e um que Te trai.

E mesmo coberto de culpas e promessas quebradas,
Tu vens. Não para me condenar,
mas para sussurrar: "Minha graça te basta",
quando eu só esperava o silêncio do céu.

Então sigo, entre quedas e recomeços,
não porque sou forte, mas porque Tu insistes.
Se o bem me foge, é Tua misericórdia que me persegue,
e nesse amor que me constrange… eu respiro.
⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠
⁠⁠⁠B'Carte

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