A Encarnação do Verbo II
Aquela noite fria e tão ardente
Fez nascer mais depressa a luz da aurora,
Pois o Sol da justiça brilhou na hora
Em que reinavam trevas tão somente.
Do que era só porvir, fez-se o presente,
Do que era só promessa, fez-se o agora,
E o que tardava com cruel demora
Em Luz Divina fulge de repente.
Como explicar mudança repentina
Que do escuro tristonho faz-se festa,
Quando na noite o Rei-Sol se ilumina?
Só quando o Céu à Terra Deus empresta,
Como aquela Feliz Noite me ensina,
Em que a Luz rege a célica orquestra
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