Paulo Jorge

Paulo Jorge

A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.

1970-07-17 Lisboa
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Sonho Benigno


Pelo campo andavas a deambular,
Esquiva pelos beirais em devaneio,
Dei por ti um dia assim ao sonhar,
E logo me ficou o coração cheio.

Cheio com a presença do teu olhar,
Perdido no perfume do teu cabelo,
Louco e apaixonado pelo teu pensar,
Fazes-me viver em tons d'amarelo.

Estou bem quando encantado por ti,
Amanso quando a tua boca sorri,
Só para mim, enfim só por mim.

Deleito-me com a tua contemplação,
Tão servil e pura na minha imaginação,
Tão-somente e sempre, até ao fim.

Lx, 25-1-1994
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