Paulo Jorge

Paulo Jorge

A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.

1970-07-17 Lisboa
68246
0
3

A Alguém Querido


Agrada-me o teu largo sorriso gratuito,
Capaz de quebrar o coração mais duro,
Acompanhado dum meigo olhar fortuito,
Faz exalar mil Primaveras de ar puro.

Quando entristeces o Sol encobre-se,
Faz-se sombra e as cores esvaem-se,
As andorinhas vão como de Outono se tratasse,
As flores morrem como se o Inverno chegasse,

Continua a cantarolar músicas de Verão,
Quentes e românticos fados de Amor,
As tuas palavras inocentes perdurarão,
Nos meus ouvidos em momentos de dor.

Que prazer me dás ao saíres desoprimida,
Ver-te libertina depois de enclausurada,
Esvoaçares bem alto como ave de rapina,
Planando lá longe pelo vento libertada.

Ao mesmo tempo que pena te ver partir,
Deixar de te poder contemplar enamorado,
Nunca mais irá meu penoso coração florir,
Com saudades do teu olhar servil encantado.

Lx, 4-8-1996
703
0

-
joao_euzebio
Que  poema bonito meu amigo ele tem o cheiro da paixão o sabor do amor puro e sensível e é incrível como o amor nos da tudo isso. Parabéns
14/março/2012

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores