

Paulo Jorge
A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.
1970-07-17 Lisboa
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O Último Baile
Tristes valsas dançantes,
Violinos tocam sonantes,
Bailarinos bailem, bailem,
A última dança, a do Além.
A sala do baile esvaziou,
O anfitrião sussurrou,
Violinos calaram-se roucos,
As portas fecharam-se aos poucos.
A festa acabou há muito tempo,
O salão arruinado com o tempo,
Os foliões finaram-se há tempos,
Esquecidos ao longo dos tempos.
Que bom saber ao nascer,
Saber-mos ir morrer,
Todos os dias um pouco mais,
E não haver excepção aos demais.
Lx, 22-10-1999
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