Luna Blanca

Luna Blanca

1979-07-09 São Paulo
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Ao Sabor Do Vento

De onde vem este vento impiedoso e sem rumo, que varre a face do mundo?
Vento majestoso sublime, imponente,
Manto invisível de Deus nos toca o rosto,
Trazendo o gosto que arrasta de além mar.
És fúria destrutiva ou brisa sedutora?
És benção ou castigo?
Amigo ou inimigo?
Impiedoso furacão - lágrimas planta
Carícia suave em um por do sol nas tardes de verão - saudades desperta
O vento me encanta porque sou vento,
Se me iro, machuco,
Quando estou serena, sou dócil,
Tenho sempre a pretensão de transformar ao toque -
Quero ser carícia, quero ser choque.
Levar comigo o aroma da dama da noite as narinas do amado,
Deixá-lo desorientado.
O vento me encanta por sua ambigüidade.
Quando brisa, o amam,
Quando furacão, o temem
E ele continua intocável sua jornada mundo afora
E me traz ao meu ser, ao menos por alguns instantes, a sensação de que pode me sustentar com se eu fosse um pássaro.

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