231 - EU INCOMUM

Que eu, incomum, sem medo algum da morte,
Lembre o meu dom: ver lado bom da vida;
Mostre o meu bem: amar a quem me agrida;
Morra amanhã: com mente sã e forte;

Traga feliz a cicatriz do corte;
Pleno de luz: em peitos nus incida;
Caia na paz: porque não faz ferida;
Sangre talvez: que ser cortês me importe.

Cinzas e pó: sou sempre só um homem.
Lágrimas há na lida má, tão fria.
Sombras que vi, que são daqui, não somem.

Mas apesar de porto e mar, compensam
Noites que houver, dum mal qualquer, e o dia
Nasça melhor ao meu redor: é benção.

(Autor: EDEN SANTOS OLIVEIRA. Escrito em: 17/01/2019)
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