ASAS FINGIDAS

Ah, poeta incompreendido,
Nem musa tens para chorar,
Escreves à noite, sem uma garrafa de vinho,
Declamas à luz da lâmpada e nem sequer vês o luar, 

Que merda será não seres o cliché,
Que todos procuram em estrofes infinitas,
Como será querer acordar no vazio,
Sem curares a dor que esta noite citas,

Ah, poeta desgraçado,
Resta água e algum licor para beber,
Não fumas e levas uma vida saudável,
Um raro boémio que não se deixa ver,

Coruja de alcunha,
Mas será a noite assim tão amiga,
Pois se te sentes bem,
Porque vês a dor como inimiga.

Ela te fez assim,
Com força para seguir sem medo,
E se agora és quem querias ser,
Porques finges ser o cliché em segredo?

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