mgenthbjpafa21

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Gente entre gente, que não se pense que se sente o que outro sente, nem que se pressente para além do presente.

1965-05-01 Vitória, Porto
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Neuroplascividade vadia

Agora, que faço eu do abraço dos meus braços 

Vazios 

Neste momento onde paira o lamento, 

O sentimento que terá causado estes suores

Frios

Muito otimista para um misantropo pessimista

Rios

De alteridade, trompetes da revolução tocam em unisom?

Desvarios


Vambora toca no Chromecast da televisão 

Aquele podcast cativante discute neuroplasticidade

A cidade lá fora vive sem demora a charada do hoje é sábado 

Ouço que ter sido Einstein a aconselhar música para crianças 

Concordo

É igual a tocar insistentemente para estimular a semente

Discordo



Em qualquer ponto, qualquer quando, cruzar onde se puder estar

Gente são pessoas complicadas, paradoxais, conformadas,

Educadas, 

Suicidadas, mortas matadas, tout court passadas,

revoltadas, felizes, petizes, anciãos, líderes, peões 

Sem direcção, focadas e esforçadas, adversas à análise estatistica

Divergentes na visão futurística pessoal, existencial,

Se eu não amasse tanto assim o que seria de mim? 


Tenho o céu pousado no peito erodido

O restolhar dos coqueiros do meu lado direito

A imagem daquela mangueira sempre à beira

Recordo o sabor da espada oleosa tão gostosa, 

E, falando sério, é bom vc parar com essas coisas, 

Não quero ser mais um na sua cama, cama de ferro

Onde vivo, crio, vegeto, projeto, e raramente berro

Falando sério, eu não queria ser vc nem por uma semana. 


Mas sei que vou-te amar, 

Por toda a minha vida e mais 

Vou querer lamber a minha mama

Que a língua não chega ao mamilo

Ser contorcionista que a boca não chega àquilo

Mas sei que assim mesmo vou-te amar, 

Aceitar-te assim, deixar desenrolar

A ver no que vai dar

A ver no que vai dar


Que não tem sido coisa boa

A não ser andar à toa

Script esquecido de finalizar


Existo inapelavelmente aquém do sexo solitário 

Escrevo por entre ácaros sem fim, amor vem de nós e demora, 

E ocasionalmente fito a entropia, 

Que devolve o estilhaçado olhar do espelho do armário 

Há quão pouco tempo a não via, 

Pois roda e roda no meu lugar,

Crente de me vergar, certa de me derrubar


Me larga, não enche, me deixa enganar, 

Sai do meu sangue, vadia, ideia vazia!
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