marloff

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Não sei falar de mim. Só sei tentar ser humano todos os dias.

Tarrafal de Santiago/Ponta Lagoa
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arrombo


é. a cidade foi o seu rosto de susto,

depois, foi-se a meter como freguesia,

dentro do seu corpo.

a cidade foi só ele, sem, resistência.


quase que esquecemos de ser, por momentos. só grandes mudos.

Aquele lugar mais a norte que rompe,

onde nasce a iniciação e todo o promontório, de maus homens,

cheios de bons costumes, antepassados costumes.


ainda que os deuses andam a estagiar nessas nossas maneiras estranhas,

de ser um mero homem, já quase sem nome com idolatria no sangue.

era só uma voz que ecoa por toda a parte da cidade.

As vezes a cidade era um buteco plantado de mariposas.

ali perto dos olhos, todas as fragrâncias e traços das agua:

migram para dentro as suas próprias lágrimas,

era só um homem grosso que quebrava em pé,

mais a frente não se entendia porquê crescia mais que o corpo,

talvez fosse ele o homem do seu sorriso, se não, é a extensão do monte, graciosa

andavam a viver disfarçados um, na cara do outro.


talvez uma cabeça inteira fosse mais importante que certos papeis,

timbrados para amputar certas portas,

mesmos as invisíveis, a varapaus e cabeçadas em grossos ventos e chuvas,

as vezes empurrava o país, e por ai ficamos

e por ai ele ficou. 


talvez, era só a entoação da morte

entoando as canções de outono nas folhas,

de um coração que demora em mudar de maneiras vivas,

em pele meramente humana,

que gasta, sangra e morre.


depois nem isso

nem nome,

nem a imagem do homem,

só medo das coisas

sem espanto e sem a cara.
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