TEMPO DE AMAR

TEMPO DE AMAR

 

No tempo em que o amor impera,

Na vida que havia era,

Esqueça essa primavera,

Espera o tempo que tivera.

Afora os dias corridos,

Contudo ainda acredito,

Foi o que restou de bonito,

Em seu sorriso de fera.

 

Demora nos olhos a chama,

Mim faz a cama macia,

Quem sonha sonhos dispersos,

Sempre esperas outro dia.

Navega em rios de seixos,

Deixa-me o corpo arredio,

Com os nervos a flor da pele,

Mesmo os passos desvio.

Pois para chegar onde estou,

Cortei mais de mil caminhos.

 

Quem tem a boca fechada,

A alma lavada havia.

No veio dessa certeza,

Alguma razão carecia.

Não sabe o preço da fama,

Esquece até quem te ama,

E volta no fim do dia.

P´ra que o destino converte,

E trava forte batalha,

No calor de uma contenda,

Se salva mais que trabalha.

 

 

1929
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