Ella Lorenza

Ella Lorenza

E se eu não souber mesmo nada sobre mim, vou recolhendo os pedaços dos mundos de cada caminho. Vou criando minhas vozes, meus olhares, meus passos. Sussurrando para a vida nunca me deixar esquecer de viver.

1997-07-08 Uberaba
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Alguns Poemas

Monólogo de encontro às almas disfarçadas libertadas pelo incenso

Monólogo de encontro às almas disfarçadas do incenso
Ela acorda nas segunda sem a perspectiva de início de semana, então permanece com a existência entre os cobertores e reza para qualquer divindade possível faze-la voltar a sonhar, qualquer sonho, em qualquer vida. Mas algo da humanidade a faz praticar a vida de pé. Ela refugia-se em fantasias para suportar os dias que tem apenas a si como companhia. Foi sempre muito difícil viver ao seu lado, ela nunca fora muito simpatizada consigo própria.

E é entre as segundas e as sextas que ela debruça sua chance na névoa cigana do incenso, a ordem espiritual contida na fragrância e o movimento fluido do espirito enevoado à fazem esquecer de si mesma e do precoce sacrificado destino. Mas por que tão doído, sempre se pergunta. A resposta sempre vem de dentro e em tom de desgraça. A praga amaldiçoada é a vida para aqueles que não compreendem o que são.

E ela não compreende, e por essa razão, passa a vida encolhida nas obscuridades dos mundos que criava, na tentativa de esquecer de si, desviar-se o caminho da dor que a si mesma deposita. E como uma ostra que lima beleza transcendental sob a perspectiva da fuga contra invasores audaciosos, sua pérola é quando encontra pelo caminho existências desconhecidas pelo homem.

Coisas que só ela percebia, mas que estavam tão belas no mundo, como poderiam eles não perceber? E como não percembem eles, a melancolia de maré do acordéon engolido pelos seus olhos, todas as vezes que lhe perguntam como está e ela sabe que não querem mesmo saber.

Não. Eles não estão é prontos. Apesar da crônica amaldiçoada , ela tem vícios que só coisa de espírito de outros mundos. Mas dói, sempre dói. Mas por que tem que ser assim tão doído? A vida e seu teor sarcático e embebecido de misérias auto explicativas, felicidades desamparadas e tristezas desesperadas. Ela sabia das coisas, mas era triste. Era, porque morreu. E ainda morre, todos os dias.

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