Cada passo, só vida.
Onde está minha poesia?
As palavras, aquele
não sei o que, inspiração?
Terá um alguém, algo, entidade,
capaz de me fazer compreendida,
povoar o mundo melhor do que faço,
sabendo cada passo,
sem precisar morrer para viver cada dia?
Cansada demais de não me saber, não
me entender na vida,
Cavo cova para enterrar o que já em
mim muito já está morto.
Chance?
Judiar menos, mais amiga, acreditar em
algo.
A nova de mim, encontrarei pelos caminhos,
farei de pedaços menos desbotados,
sem tantas necessidades doloridas.
No convento da mata me anuncia,
aquilo que me falta, que me justifica ainda viva.
Que eu me dê tudo de mim,
que eu seja tudo o que eu tenho,
que não seja pergunta, nem procura de responta,
que seja e simplismente seja,
sem hematoma, sem agnonia,
Só vida.