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decadence

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Nothing can survive a holocaust but poetry and music.

09 janeiro
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Alguns Poemas

Quem sou eu

Um segundo a mais
Ou dois a menos,
Ainda assim teria tempo
De dizer quem sou eu?

Desconheço
Os estranhos
Na rua,
Os fúteis traços
De minha identidade,
O destino
Do meu eu.

O que eu sei?
Queria o mundo.
Sei que nada sei.
Quero tudo
E não quero
Saber de nada.

Terei que dizer,
Sou eu mesmo,
Apenas eu,
E nada mais.

texto I

Carros velozes correndo contra tempo
O relógio apita, avisando sobre a hora que passou
Gostaria que você soubesse de uma coisa
Todas as noites eu te traio, amor
É que toda noite durmo abraçada 
Com a dor
Uma coisa que eu queria te dizer 
A tristeza e eu na mesma cama, dizendo
Odeio tudo e todos 
Ao mesmo tempo, não sinto nada 
Pois quando a amargura me pega e me põe pra baixo, Assumo minha decandência
Mas se tenho a chance, me mando para o topo,
Sou a mais cintilante estrela
 

Texto II

A criança chora e grita
Parece que alguém morreu
 
Quem morreu?
Ninguém sabe...
Algum palpite?
 
Ouvindo o berro da criança 
E o choro 
 
Quem morreu fui eu
 

A namorada e o crochê

Estou apaixonado
Ou melhor, fascinado 
As vezes transtornado
Pelo movimento que fazes
Com sua linda mãozinha
O jeito como o tecido ganha forma
Junto a sua doçura de mocinha
Queria eu, ter duas namoradas
Uma para beijar
E a outra pra fazer crochê pra mim
Que audácia a minha!
"Não se preocupe querido", ela me disse assim
"Te faço crochê e te do carinho
Não ame ninguém mais mas à mim"

 

De nada

Palavras
Não servem para nada
Escrevo muito 
E não digo nada

Superficialidade 
Cabelo longo
E barba

Toda hora ele diz...
obrigado,
De nada
Que coisa chata 

Me ponho pensante, numa nuvem de nada
No meu momento de nada
Em um longo inerte dia 
De nada

E lá vai ele
Com uma loirinha do lado
E o violão do outro
Dessa vez
Sem obrigado


 

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