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Gabriel Andrade
a poesia morreu, espero que entenda
1999-04-21 Irati,PR
13352
4
14
Alguns Poemas
16
Olha o de longe parece ser diferente
de perto ainda continua o mesmo
por dentro dessa carcaça
de 206 ossos
e 32 dentes
ainda continua o mesmo
você dirige seu carro
faz sua barba
e continua o mesmo ingênuo
que acredita que as pessoas são boas
que o perdão é uma coisa sagrada
o mesmo menino que quer ser livre pelo mundo
no final do mês ganha seu salário
descontam da aposentadoria
e continua o mesmo
no fundo ainda acha fascinante o comunismo
como da primeira vez que ouviu falar na aula de história
ainda se encanta com a mitologia grega e seus metáforas
que vai casar e ter dois filhos
uma menina e um menino
e vai criar eles livre de todo esse preconceito
você ainda continua o mesmo de quando tinha 16.
Já não me canso de ser péssimo
Sinto que sou o único vil entre mil
todos tem progedido
eu regresso, PROTESTO!
Já não me canso de ser ridículo
Já não me canso de ser infame
eu tambem tenho sonhos eletricos
quando algo não funcionava era com socos que você consertava
pecado hereditário
gaze nos olhos:
lágrima ou sangue?
só aprendemos a gritar
nosso amor são golpes na boca do estômago
feito carne, osso e perdão
eu te vi como um animal
correu para cima entre berros e socos
(culpa) não me concerne
(violência) não me concerne
(desculpa) não me concerne
(perdão) não me concerne
de tudo que me atravessa mas não me pertence
não adianta chorar por indulgência.
Passeio com palavras
A NOITE
PASSEIO COM AS
PALAVRAS
POR AI
POESIA CONCRETO
p o
o ã
e n
s VÊ m
i e
a u
é q
i m a g e m p a r a
Escrever
Se virou uma obrigação
Esquece então
Eu somente escrevo
Sinto o que escrevo
Escrevo o que sinto
É simples assim
Como a chuva que cai no chão
As nuvens estão cheias
Então
Só fazem chover
Sem segredo
Assim que deve ser
Desse jeito deve ver
Não intitulado o poema desesperado
Sem pé nem cabeça
Sem pena o poema
De pernas pequenas
Do corpo ao porto
Sou t
o
n
t
o
e
to
r
to
Curva-se ao meu tronco
De pernas pequenas
Sem pena o poema
Sem pé nem cabeça
nós/eles
comunico em grito
o silêncio já basta
é fagulha
é protesto
o corpo
a carne
a causa
o sangue
um otimismo patológico
nós sim, eles? não
o tijolo que estilhaça o vidro
faísca
queime tudo que são deles
escute as vozes
internalize
em um único coro
Atemporal
das vezes que ficamos deitados na cama
esperando o sol entrar na janela
dia de domingo preguiçoso
ignorando que daqui a pouco você já vai
arrumando qualquer desculpa
para ficar mais um pouco
das coisas que ficam subentendidas
atemporal, estou escrevendo mais uma
você mal partiu e já estou com saudades
Meu coração é um bar e estamos fechados
Meu coração é um bar fechado
só abre a noite
quando eu durmo
tem muita bebida
mas não tem pessoas
tem vidros escuros
ninguém vê quem está dentro
tem vezes que eu entro
para organizar a bagunça
virar a placa:
ESTAMOS FECHADOS
16
Olha o de longe parece ser diferente
de perto ainda continua o mesmo
por dentro dessa carcaça
de 206 ossos
e 32 dentes
ainda continua o mesmo
você dirige seu carro
faz sua barba
e continua o mesmo ingênuo
que acredita que as pessoas são boas
que o perdão é uma coisa sagrada
o mesmo menino que quer ser livre pelo mundo
no final do mês ganha seu salário
descontam da aposentadoria
e continua o mesmo
no fundo ainda acha fascinante o comunismo
como da primeira vez que ouviu falar na aula de história
ainda se encanta com a mitologia grega e seus metáforas
que vai casar e ter dois filhos
uma menina e um menino
e vai criar eles livre de todo esse preconceito
você ainda continua o mesmo de quando tinha 16.
Já não me canso de ser péssimo
Sinto que sou o único vil entre mil
todos tem progedido
eu regresso, PROTESTO!
Já não me canso de ser ridículo
Já não me canso de ser infame
eu tambem tenho sonhos eletricos
quando algo não funcionava era com socos que você consertava
pecado hereditário
gaze nos olhos:
lágrima ou sangue?
só aprendemos a gritar
nosso amor são golpes na boca do estômago
feito carne, osso e perdão
eu te vi como um animal
correu para cima entre berros e socos
(culpa) não me concerne
(violência) não me concerne
(desculpa) não me concerne
(perdão) não me concerne
de tudo que me atravessa mas não me pertence
não adianta chorar por indulgência.
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te seguindo no instagram =)
01/dezembro/2020
remendos_
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Fica firme poeta. Tem gente precisando de você
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