

Carlos Silva
O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior.
1963-04-14 São Paulo
24303
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Literatura de cordel
LITERATURA DE CORDEL
Carlos Silva
CAMPANHA NOVEMBRO AZUL
“Uma questão de atitude
Cuide bem da sua saúde”
Na casa de Juão Putêncio
Alguém foi lhe visitar
Todos vestido de branco
Com máscaras pra evitar
A contaminação do vírus
Que estava a se espalhar
Senhor João boa tarde
Como está a sua lida
Tá se precavendo bem
Nessa terra tão querida?
Eu vim falar de uma campanha
Pra cuidar melhor da vida.
O Senhor tá urinando bem
Ou tem alguma dificuldade
Já fez exame de próstata
La no posto da cidade?
O senhor tem que se cuidar
Por conta da sua idade
Esse negoço de “prosta”
É que o doutor incarca o dedo?
Não gosto nem de falar
Quanto mais de manhã cedo
E lhe confesso que eu
Não gosto desse enredo
O Agente foi explicando
Que isso é uma prevenção
Que com um simples exame
Pra esse tema em questão
Seria feito sem o toque
Disso não tinha precisão
Mas é melhor prevenir
Do que então remediar
É um ditado bem antigo
O Senhor já ouviu falar
Pois essa doença mata
Sem medir tempo e lugar
Juão Putencio encarou
Os visitantes e disse:
Isso é coisa do capeta
Que inventou essa “Inventice”
Butar o dedo no botão
Eu não permito essa tulice
La vem essas modernagens
São elas que me consomem
Maquinas que ver por dentro
Então outras atitudes tomem
Inventem uma para o reto
Pra não tocar no anel do homem
É muita “Humilhatividade”
Esse fato eu não aceito
Cume qui a pessoa estuda
Sendo cabra de respeito
Pra depois enfiar dedo
No traseiro do sujeito?
E se o cabra gostar
Do jeito cás coisas tão
Tudo aqui tá revirado
Mudando de posição
Esse “inzame” é sem vergonha
No meu, não metem dedo não
Eu como abroba todo dia
Inda mastigo a simente
Essa doença não me pega
Nem mermo se ela tente
Eu cá estou privenido
Disso não caio duente
Minha amada vovó Dotô
Ela tinha muita sabença
Que aprendeu com os índios
Lá das bandas de Olivença
Ela tinha receita pra tudo
E curava qualquer duença
Mas eu cá lhe agradeço
Pela visita recebida
Mas estou sempre me cuidando
Na empreita dessa lida
Pois o que mais gosto Dotô
É de zelar da minha vida
Agora me dê licença
Pois preciso me ausentar
Tenho coisas pra fazer
Que eu não posso adiar
Mas se eu sentir alguma coisa
Eu irei lhe procurar
Aqui termina a visita
Na casa de SEU JUÃO
A equipe foi embora
Agradecendo a atenção
João depois disse a si mesmo
NO MEU NÃO METEM O DEDO NÃO
Toda essa comicidade
Foi somente pra ilustrar
O início da narrativa
Que irei apresentar
Então a nossa historia
Vamos aqui começar.
A equipe se dirigiu
Pra casa de Bastião
Um matuto desletrado
Que lhes deu toda atenção
Mostrando sua gentileza
Desde a entrada do portão
Nobre Senhor Bastião
Mais cedo vir eu não pude
Quero aqui lhe perguntar
Se tá tomando atitude
E cuidando direitinho
Pra ter sempre sua saúde?
Doutor estou me cuidando
Com certa dificuldade
Ando pouco enxergo menos
Faço as coisas com vontade
Mas deixe eu começar a prosa
Sem rodeio e sem maldade:
Fico cá imaginando
Flutuando a mente em nada
Me perguntando seu moço
No correr dessa estrada
Qual será a sensação
De receber uma dedada?
Nos tempos do meu avô
Do bisavô e de papai
Não se via essas coisas
E nada disso me atrai
Por aqui não entra nada
E com certeza só sai
Vem agora umas campanhas
Se vem do norte, ou do sul
Ou trazida da Alemanha
Da Rússia ou de Istambul
Pra enganar minha ciência
Chamam de NOVEMBRO AZUL
Homem que é homem não aceita
Essa tal situação
Receber uma dedada
Isso é invenção do cão
O Mundo tá esculhambado
No meu, não entra dedo não.
Querido Sebastião
As coisas estão mudando
Os Homens querem viver
E estão melhor se cuidando
E se os dias de suas vidas
Estão de fato aumentando
Respeito o seu pensamento
Mas quero aqui relatar
O Câncer de próstata mata
Por isso temos que cuidar
E fazer essa campanha
Pro mundo todo alertar
Não fere a masculinidade
Mesmo sendo desagradável
Pois o Homem é machista
Isso pra ele é insuportável
Mas cuidando no tempo certo
Lhe fará um ser saudável
Por isso viemos aqui
Com carinho lhe alertar
Se cuide a todo instante
E se quiser engajar
Essa tão bela campanha
Venha junto pra somar
Caros amigos acreditem
Devemos nos precaver
Na narrativa acima
Muitos não querem entender
Que o cuidado é necessário
Disso não temos que morrer
Lá vou contar uma história
Que não é nenhum segredo
Usar palavras diretas
Pra não perder o enredo
Homem que é homem se cuida
Supera o trauma do dedo
O toque que o médico faz
É pra fazer a prevenção
A próstata pode crescer
Em inevitável evolução
Se cuidar é necessário
Tome a sua decisão
Novembro azul é só um símbolo
De uma perfeita campanha
Assim como é o AMARELO
E o ROSA com força tamanha
As cores não salvam ninguém
Mas, mais saúde a gente ganha.
A machesa não ajudará
Se é isso que você pensa
O toque retal evitará
A propagação da doença
Se cuide e queira o seu bem
Por isso fará diferença.
O câncer é doença terrível
A sua missão é matar
Destrói sonhos e vida
Sofrimento vem pra causar
Se proteja, a vida lhe ama
Não desista nunca de lutar.
Não é um exame imoral
Nem causa constrangimento
Pois ele se faz necessário
Para evitar um tormento
O fato é sério é real
Evita um pior acontecimento.
Um dia iremos morrer
Mas se puder se cuidar
Viverás um pouquinho a mais
Para essa vida gozar
O CANCER DE PRÓSTATA É UM MAL
Mas você pode evitar.
Peste muita atenção
À campanha do mês de novembro
Traz a cor azul para o homem
Amarelo foi pro mês de setembro
O rosa pro Mês de outubro
Dessas cores bem me lembro
Então vamos prevenir
Alertar a nossa gente
Essa campanha é forte
Seja você inteligente
É QUESTÃO DE ATITUDE
Pra viver alegremente.
Carlos Silva
CAMPANHA NOVEMBRO AZUL
“Uma questão de atitude
Cuide bem da sua saúde”
Na casa de Juão Putêncio
Alguém foi lhe visitar
Todos vestido de branco
Com máscaras pra evitar
A contaminação do vírus
Que estava a se espalhar
Senhor João boa tarde
Como está a sua lida
Tá se precavendo bem
Nessa terra tão querida?
Eu vim falar de uma campanha
Pra cuidar melhor da vida.
O Senhor tá urinando bem
Ou tem alguma dificuldade
Já fez exame de próstata
La no posto da cidade?
O senhor tem que se cuidar
Por conta da sua idade
Esse negoço de “prosta”
É que o doutor incarca o dedo?
Não gosto nem de falar
Quanto mais de manhã cedo
E lhe confesso que eu
Não gosto desse enredo
O Agente foi explicando
Que isso é uma prevenção
Que com um simples exame
Pra esse tema em questão
Seria feito sem o toque
Disso não tinha precisão
Mas é melhor prevenir
Do que então remediar
É um ditado bem antigo
O Senhor já ouviu falar
Pois essa doença mata
Sem medir tempo e lugar
Juão Putencio encarou
Os visitantes e disse:
Isso é coisa do capeta
Que inventou essa “Inventice”
Butar o dedo no botão
Eu não permito essa tulice
La vem essas modernagens
São elas que me consomem
Maquinas que ver por dentro
Então outras atitudes tomem
Inventem uma para o reto
Pra não tocar no anel do homem
É muita “Humilhatividade”
Esse fato eu não aceito
Cume qui a pessoa estuda
Sendo cabra de respeito
Pra depois enfiar dedo
No traseiro do sujeito?
E se o cabra gostar
Do jeito cás coisas tão
Tudo aqui tá revirado
Mudando de posição
Esse “inzame” é sem vergonha
No meu, não metem dedo não
Eu como abroba todo dia
Inda mastigo a simente
Essa doença não me pega
Nem mermo se ela tente
Eu cá estou privenido
Disso não caio duente
Minha amada vovó Dotô
Ela tinha muita sabença
Que aprendeu com os índios
Lá das bandas de Olivença
Ela tinha receita pra tudo
E curava qualquer duença
Mas eu cá lhe agradeço
Pela visita recebida
Mas estou sempre me cuidando
Na empreita dessa lida
Pois o que mais gosto Dotô
É de zelar da minha vida
Agora me dê licença
Pois preciso me ausentar
Tenho coisas pra fazer
Que eu não posso adiar
Mas se eu sentir alguma coisa
Eu irei lhe procurar
Aqui termina a visita
Na casa de SEU JUÃO
A equipe foi embora
Agradecendo a atenção
João depois disse a si mesmo
NO MEU NÃO METEM O DEDO NÃO
Toda essa comicidade
Foi somente pra ilustrar
O início da narrativa
Que irei apresentar
Então a nossa historia
Vamos aqui começar.
A equipe se dirigiu
Pra casa de Bastião
Um matuto desletrado
Que lhes deu toda atenção
Mostrando sua gentileza
Desde a entrada do portão
Nobre Senhor Bastião
Mais cedo vir eu não pude
Quero aqui lhe perguntar
Se tá tomando atitude
E cuidando direitinho
Pra ter sempre sua saúde?
Doutor estou me cuidando
Com certa dificuldade
Ando pouco enxergo menos
Faço as coisas com vontade
Mas deixe eu começar a prosa
Sem rodeio e sem maldade:
Fico cá imaginando
Flutuando a mente em nada
Me perguntando seu moço
No correr dessa estrada
Qual será a sensação
De receber uma dedada?
Nos tempos do meu avô
Do bisavô e de papai
Não se via essas coisas
E nada disso me atrai
Por aqui não entra nada
E com certeza só sai
Vem agora umas campanhas
Se vem do norte, ou do sul
Ou trazida da Alemanha
Da Rússia ou de Istambul
Pra enganar minha ciência
Chamam de NOVEMBRO AZUL
Homem que é homem não aceita
Essa tal situação
Receber uma dedada
Isso é invenção do cão
O Mundo tá esculhambado
No meu, não entra dedo não.
Querido Sebastião
As coisas estão mudando
Os Homens querem viver
E estão melhor se cuidando
E se os dias de suas vidas
Estão de fato aumentando
Respeito o seu pensamento
Mas quero aqui relatar
O Câncer de próstata mata
Por isso temos que cuidar
E fazer essa campanha
Pro mundo todo alertar
Não fere a masculinidade
Mesmo sendo desagradável
Pois o Homem é machista
Isso pra ele é insuportável
Mas cuidando no tempo certo
Lhe fará um ser saudável
Por isso viemos aqui
Com carinho lhe alertar
Se cuide a todo instante
E se quiser engajar
Essa tão bela campanha
Venha junto pra somar
Caros amigos acreditem
Devemos nos precaver
Na narrativa acima
Muitos não querem entender
Que o cuidado é necessário
Disso não temos que morrer
Lá vou contar uma história
Que não é nenhum segredo
Usar palavras diretas
Pra não perder o enredo
Homem que é homem se cuida
Supera o trauma do dedo
O toque que o médico faz
É pra fazer a prevenção
A próstata pode crescer
Em inevitável evolução
Se cuidar é necessário
Tome a sua decisão
Novembro azul é só um símbolo
De uma perfeita campanha
Assim como é o AMARELO
E o ROSA com força tamanha
As cores não salvam ninguém
Mas, mais saúde a gente ganha.
A machesa não ajudará
Se é isso que você pensa
O toque retal evitará
A propagação da doença
Se cuide e queira o seu bem
Por isso fará diferença.
O câncer é doença terrível
A sua missão é matar
Destrói sonhos e vida
Sofrimento vem pra causar
Se proteja, a vida lhe ama
Não desista nunca de lutar.
Não é um exame imoral
Nem causa constrangimento
Pois ele se faz necessário
Para evitar um tormento
O fato é sério é real
Evita um pior acontecimento.
Um dia iremos morrer
Mas se puder se cuidar
Viverás um pouquinho a mais
Para essa vida gozar
O CANCER DE PRÓSTATA É UM MAL
Mas você pode evitar.
Peste muita atenção
À campanha do mês de novembro
Traz a cor azul para o homem
Amarelo foi pro mês de setembro
O rosa pro Mês de outubro
Dessas cores bem me lembro
Então vamos prevenir
Alertar a nossa gente
Essa campanha é forte
Seja você inteligente
É QUESTÃO DE ATITUDE
Pra viver alegremente.
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